Anatomia Da Índia Antiga
A prática cirúrgica requer um bom conhecimento em anatomia. De acordo com os antigos anatomistas indianos, o corpo poderia ser dividido em seis partes: as quatro extremidades, o pescoço e o tronco. Segundo o tratado médico do clínico Charaka, o corpo humano possui 360 ossos. Já Sushruta, o principal responsável pela organização do conhecimento cirúrgico da Índia antiga, registrou a presença de 300 ossos no corpo humano. Na verdade, os antigos anatomistas indianos incluíam os dentes, unhas, cartilagens, as proeminências e protuberâncias, o que pode ter levado ao alto número encontrado tanto pela atividade clínica definida por Charaka quanto pela atividade cirúrgica definida por Sushruta. Sabe-se hoje que o corpo humano possui 206 ossos.
Em relação aos músculos, Charaka aponta a existência de aproximadamente 500 músculos. Sushruta distribui estes músculos pelo corpo, contando 400 nas quatro extremidades, 66 no tronco e 34 na região acima da clavícula (no total, existem 212 músculos).
Em relação ao coração e seus vasos comunicantes, Charaka não adicionou muito ao que é sugerido no Atharva Veda [1], contando 200 “dhamanis” (vasos equivalentes às artérias) e 700 “siras” (vasos equivalentes às veias). Segundo Sushruta, os vasos artérias (dhamanis) e veias (siras) originam-se no umbigo.
Sushruta descreveu também 4 pares de nervos cranianos: dois nervos chamados “Nila” e “Manya”, situados ao lado da laringe, que quando danificados produzem perda ou mudança da voz; um par de nervos chamados “Vidhura”, atrás das orelhas associados com a audição; um par de nervos chamados “Phana”, situados dentro do nariz e associados ao olfato; e um par de nervos chamados “Apanga”, situados abaixo dos olhos, associados à visão.
Em relação aos músculos, Charaka aponta a existência de aproximadamente 500 músculos. Sushruta distribui estes músculos pelo corpo, contando 400 nas quatro extremidades, 66 no tronco e 34 na região acima da clavícula (no total, existem 212 músculos).
Em relação ao coração e seus vasos comunicantes, Charaka não adicionou muito ao que é sugerido no Atharva Veda [1], contando 200 “dhamanis” (vasos equivalentes às artérias) e 700 “siras” (vasos equivalentes às veias). Segundo Sushruta, os vasos artérias (dhamanis) e veias (siras) originam-se no umbigo.
Sushruta descreveu também 4 pares de nervos cranianos: dois nervos chamados “Nila” e “Manya”, situados ao lado da laringe, que quando danificados produzem perda ou mudança da voz; um par de nervos chamados “Vidhura”, atrás das orelhas associados com a audição; um par de nervos chamados “Phana”, situados dentro do nariz e associados ao olfato; e um par de nervos chamados “Apanga”, situados abaixo dos olhos, associados à visão.
Acima, uma represntação de como era a preparação dos corpos para dissecação, descritas por Sushruta e comentadas ontem (retirada de [3]).
Referências:
[1] O AtharvaVeda. Em: http://fotolog.terra.com.br/fscastro:8
[2] Rajgopal L, Hoskeri GN, Bhuiyan PS, Shyamkishore K. History of anatomy in India. J. Postgrad. Med. 2002;48:243-5. Em:
Referências:
[1] O AtharvaVeda. Em: http://fotolog.terra.com.br/fscastro:8
[2] Rajgopal L, Hoskeri GN, Bhuiyan PS, Shyamkishore K. History of anatomy in India. J. Postgrad. Med. 2002;48:243-5. Em:
[3]Persaud, T.V.N. Human anatomy: Early History.
1 Comentários:
Nossa, eu estou encantada com este blog e esse estudo. Eu não tenho muito conhecimento no assunto de neurociência, mas gostei do material postado. É interessante fazer essa retrospectiva da medicina e neurociência nas civilizações antigas. Quero ler o blog inteiro !!! Estou adorando.
Gostaria de saber em área o Fabiano se formou? Parabéns pelo trabalho!
Por Marina, Às julho 29, 2011 1:22 PM
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