O Coração do Antigo Egito
Para os antigos egípcios, o coração era o centro do pensamento, emoção e de todas as funções nervosas. Um órgão tão importante que era considerado necessário para a salvação após a morte e por isso era deixado no corpo durante o processo de mumificação, garantindo sua disponibilidade para o julgamento pós-vida.
Por pensarem que o coração era capaz de recordar todos os bons e maus atos feitos pelo o ser humano durante a vida, os antigos egípcios acreditavam que, no momento do julgamento, o coração era pesado contra uma pena. Se ele se mostrasse leve, o sujeito se revelaria virtuoso.
Por isso, as noções de anatomia e fisiologia eram baseadas na idéia de um coração como centro do organismo. Apesar disso, o conhecimento dos antigos egípcios a respeito de anatomia e fisiologia cardiovascular era limitado, parte disso porque não fazerem autopsias (como fazemos hoje) ou dissecação anatômica de seres humanos com fins exploratórios. Seu conhecimento anatômico era fruto das observações feitas pelos curandeiros durante o processo de embalsamento (apesar de não executarem eles mesmos) e pelo estudo anatômico dos animais, que era extenso devido a prática veterinária comum.
Para os egípcios, o coração estaria conectado com todos os outros órgãos do corpo através de uma rede de canais, chamados metu. Esta rede seria formada, no total, por 36 canais que partiriam do coração. Segundo os egípcios, nesses canais não haveria apenas sangue, mas também ar, lágrimas, saliva, muco, sêmen, comida, urina, etc. Consideravam que o coração receberia água e ar dos vasos através de um canal receptor (provavelmente a aorta). Por não executarem dissecação anatômica, não só os vasos sanguíneos eram considerados metu, como também o trato respiratório, os ductos das glândulas, os músculos, etc. Por esta razão, não distinguem entre artérias, veias, tendões, nervos, ligamentos ou vias condutoras, que exerciam a função de conectar o coração à todas as outras partes do corpo.
Através desses canais condutores, não era entendido a pulsação, mas acreditava se que as substâncias fluíam pelos vasos assim como o Nilo provinha vida para as terras. O ar que entrava pelo nariz se misturava com os fluidos existentes nestes vasos.
Estes canais também eram vistos como responsáveis por levar as doenças, tanto físicas quanto mentais, para diversas partes do corpo. Para os antigos egípcios, as doenças entravam através dos orifícios do corpo e viajavam através dos canais até o órgão afetado. Se uma doença fosse controlada com sucesso, isso significava que ela tinha sido expulsa através de um orifício da mesma forma que entrou.
Referência:
Boisaudin, E. V. (1988). Cardiology in Ancient Egypt. Texas Heart Institutional Journal, vol. 15, no. 2, pp 80-85
Por pensarem que o coração era capaz de recordar todos os bons e maus atos feitos pelo o ser humano durante a vida, os antigos egípcios acreditavam que, no momento do julgamento, o coração era pesado contra uma pena. Se ele se mostrasse leve, o sujeito se revelaria virtuoso.
Por isso, as noções de anatomia e fisiologia eram baseadas na idéia de um coração como centro do organismo. Apesar disso, o conhecimento dos antigos egípcios a respeito de anatomia e fisiologia cardiovascular era limitado, parte disso porque não fazerem autopsias (como fazemos hoje) ou dissecação anatômica de seres humanos com fins exploratórios. Seu conhecimento anatômico era fruto das observações feitas pelos curandeiros durante o processo de embalsamento (apesar de não executarem eles mesmos) e pelo estudo anatômico dos animais, que era extenso devido a prática veterinária comum.
Para os egípcios, o coração estaria conectado com todos os outros órgãos do corpo através de uma rede de canais, chamados metu. Esta rede seria formada, no total, por 36 canais que partiriam do coração. Segundo os egípcios, nesses canais não haveria apenas sangue, mas também ar, lágrimas, saliva, muco, sêmen, comida, urina, etc. Consideravam que o coração receberia água e ar dos vasos através de um canal receptor (provavelmente a aorta). Por não executarem dissecação anatômica, não só os vasos sanguíneos eram considerados metu, como também o trato respiratório, os ductos das glândulas, os músculos, etc. Por esta razão, não distinguem entre artérias, veias, tendões, nervos, ligamentos ou vias condutoras, que exerciam a função de conectar o coração à todas as outras partes do corpo.
Através desses canais condutores, não era entendido a pulsação, mas acreditava se que as substâncias fluíam pelos vasos assim como o Nilo provinha vida para as terras. O ar que entrava pelo nariz se misturava com os fluidos existentes nestes vasos.
Estes canais também eram vistos como responsáveis por levar as doenças, tanto físicas quanto mentais, para diversas partes do corpo. Para os antigos egípcios, as doenças entravam através dos orifícios do corpo e viajavam através dos canais até o órgão afetado. Se uma doença fosse controlada com sucesso, isso significava que ela tinha sido expulsa através de um orifício da mesma forma que entrou.
Referência:
Boisaudin, E. V. (1988). Cardiology in Ancient Egypt. Texas Heart Institutional Journal, vol. 15, no. 2, pp 80-85
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial